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O que é estresse e como tratá-lo?

O estresse é a forma como nosso organismo se adapta a circunstâncias e situações que podem ameaçar a vida.

Saúde e Bem-Estar

23 de Novembro de 2022

O estresse é a forma como nosso organismo se adapta a circunstâncias e situações que podem ameaçar a vida. Ele é um mecanismo que herdamos ao longo da evolução das espécies.

Na natureza, um animal que se sente acuado em relação a um animal maior, por exemplo, reage lutando ou fugindo. Essa alteração produz hormônios e substâncias que podem aumentar a frequência cardíaca, respiratória, do fluxo sanguíneo, entre outros.

Vale o mesmo na vida moderna. “Eu posso me sentir ameaçado em uma situação cotidiana, como perder o meu trabalho e não conseguir manter a minha família”, explica o Dr. Hercilio Pereira de Oliveira Junior, psiquiatra da NotreDame Intermédica. Essa sensação, em um primeiro momento, é de uma adaptação pontual. Porém, quando ela se torna constante – como a de estar sempre se sentindo sobrecarregado – passamos a produzir doses altas de hormônios de estresse, como adrenalina e cortisol.

Estresse: sintomas

Entre os sintomas de estresse no corpo estão aumento da pressão arterial, frequência cardíaca, insônia e perda de apetite. A alta produção de cortisol pode ainda impactar a imunidade, causando inclusive manchas roxas de estresse no corpo. Há também os sintomas psíquicos, como medo constante, preocupação, ansiedade, sintomas depressivos e compensatórios, como aumento de consumo de álcool e tabaco.

“Ao longo da vida, podemos ter de 30 a 40% de transtornos depressivos e de ansiedade, que são diretamente associados ao estresse. É fato que vamos identificar momentos que chegamos perto do estresse adaptativo em seu limite, em que podemos adoecer, como os momentos de perdas importantes, de luto, por exemplo”, complementa o Dr. Hercilio.

O que pode causar estresse em cada fase da vida

As características do estresse são diferentes dependendo da idade. No caso do estresse em crianças, é importante atentar ao comportamento. Isso vale para como a criança se relaciona com a família, com outras crianças, se existem padrões, como não querer mais ir à escola. Outros comportamentos que precisam ser observados estão dentro de casa: dificuldade para dormir ou xixi na cama, por exemplo. Geralmente, as causas de estresse nos pequenos têm por trás situações desencadeadoras como o bullying – e a criança se sente envergonhada de contar para os pais.

Já o estresse na gravidez não é algo comum, pois nesse período há um aumento de hormônios (estrógeno e progesterona) que atuam como mecanismos protetores contra o estresse. “Porém, há um declínio abrupto desses hormônios no pós-parto e a mulher fica mais vulnerável à depressão pós-parto, que se torna um período de muita atenção”, explica o Dr. Hercilio.

Sobre o estresse em idosos, são os sintomas físicos que vão prevalecer, como pressão arterial e problemas de sono e alimentação. “Eles podem representar um adoecimento imediato e uma grande vulnerabilidade física. Do ponto de vista psíquico, fatores que podem gerar estresse são medo e vulnerabilidade por conta do próprio isolamento que a terceira idade coloca. Temos que estar atentos tanto ao que estressa quanto a tratar as consequências de forma breve”, diz o especialista.

Como aliviar o estresse?

Para evitar crises de estresse, o especialista sugere primeiramente analisar o estilo de vida como prevenção. “Precisamos identificar as nossas condições, nossas possibilidades e mapear o que está a nossa volta, reconhecendo os nossos limites e sinais de alerta”, indica.

Um exemplo prático: quando recebo uma demanda de trabalho que não é agradável, posso me adaptar, focar e entregar e depois voltar para o equilíbrio. Outra opção é entrar em um ritmo contínuo de diversas atividades, em que estou permanentemente desgastado e com dificuldades de ir adiante.

“Um termômetro são os sinais físicos. Se eles começam a piorar, preciso encontrar estratégias para lidar com isso. Quais são elas? No trabalho, ser leal, direto e franco na comunicação, dizer o que é possível e o que não é possível. E ao mesmo tempo olhar para o estilo de vida, melhorando a alimentação, tendo boas noites de sono e praticando atividades físicas. Alguém que faz essas coisas consegue lidar de forma muito melhor com o estresse”, afirma o Dr. Hercilio.

Qual o remédio para o estresse?

Fazer a gestão de seu estilo de vida é a melhor forma de prevenir o estresse, mas também é importante reconhecer quando há a necessidade de buscar um profissional. “Uma parte das pessoas vai ter condições de implementar mudanças e outra parte não, pois já estão em um nível mais elevado de estresse, ansiosas ou deprimidas. Temos que ter a sabedoria de que, se as coisas não estão bem, é preciso aceitar ajuda para melhorar a sua vida e a das pessoas a sua volta”, finaliza o Dr. Hercilio Pereira de Oliveira Junior, psiquiatra da NotreDame Intermédica. ​
 

Referências: 
Dr. Hercilio Pereira de Oliveira Junior, psiquiatra da NotreDame Intermédica.

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